"In your shoes" ou, em português, colocarmo-nos no lugar do outro. Já alguma vez experimentaram, de facto? A maior parte de nós acredita que tem essa capacidade. Talvez tenha. Ou talvez não.
Adoramos dar conselhos. Na maior parte das vezes, com a melhor das intenções. Porque queremos o melhor para a outra pessoa. Faz isto, não faças aquilo. Vais parecer desta ou daquela maneira. O que é que os outros vão pensar? Não demonstres. Não reajas. Não dês parte de fraco/a. Disfarça. Finge que não é nada contigo.
Quantas vezes, quando damos conselhos, falamos realmente como se estivéssemos no lugar da outra pessoa? Conseguimos, honestamente, garantir que era exactamente isso que faríamos se fosse connosco?
Um dia, aprendi que podemos colocarmo-nos no lugar do outro. Na prática. Imaginem que têm uma discussão com alguém. Estão sentados frente a frente. Primeiro, sentam-se no vosso lugar: vejam o que veriam se estivessem nessa situação. Ouçam o que ouviriam. Sintam o que sentiriam se tudo estivesse a acontecer à vossa frente, naquele momento. Pensem o que pensariam.
Depois, levantam-se. E sentam-se - literalmente - no lugar do outro. Olhem para vocês através dos olhos dele. Ouçam da forma como ele ouviria. Sintam como ele sentiria. Pensem como ele pensaria.
Por último, coloquem-se de fora. Como meros observadores. Olhem para vocês e para o outro. O que vêem, o que ouvem, o que sentem, o que pensam?
Parece fantasia ou imaginação? Talvez. Ou, se calhar, muito se revela com este exercício: sobre nós, sobre o outro e sobre o mundo que nos envolve.
Colocarmo-nos no lugar do outro é possível. Às vezes, é difícil. Porque somos todos únicos, complexos, perfeitamente imperfeitos. Não há dois iguais.
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Tal como estes ténis: personalizados, pintados à mão, únicos, exclusivos, especiais. Não há dois iguais ❤️
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