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  • Foto do escritorMarta Rangel

My Valentine: um filho é... amor à primeira vista?

Há mães que sentem um amor incondicional desde a primeira vez que vêem o seu filho. Descrevem o parto como um momento muito emotivo, arrebatador, em que, de repente, a vida ganha outro sentido.

Há outras que descrevem um amor que vai crescendo, aos poucos, de dia para dia, à medida que conhecem aquele pequeno ser, trocam as primeiras experiências, pegam ao colo, vêem o primeiro sorriso...

E há mães que, ao olhar para o bebé, pela primeira vez, não sentem... nada de especial. Ou, pelo menos, não sentem aquilo que esperavam sentir. E, por vezes, vem o sentimento de culpa.

Talvez esta seja uma questão polémica. Ou talvez não. Ouvi falar nela, pela primeira vez, no curso de pós-parto e parentalidade da Tânia Silva, do Pé Descalço e fez-me muito sentido.



Ao longo da vida, em conversa com várias amigas, já ouvi inúmeras descrições de partos e das respetivas sensações, assim como, do que significa, para elas, ser mãe. Desde partos rápidos, fáceis e aparentemente "perfeitos" - que qualquer mulher desejaria - aos "estranhos", sofridos e até traumatizantes, passando por aqueles que podem ser encaixados algures no meio - nem óptimos nem terríveis.

Acredito que nem todas as mulheres terão a mesma apetência ou vontade de ser mães. E é legítimo. Tenho amigas que não têm filhos e, se calhar, nunca vão ter. Outras, durante anos, não sentiram qualquer apelo à maternidade e, a dada altura, algo mudou e hoje são mães. As que sempre assumiram que este era um dos maiores sonhos e, até hoje, o papel de mãe move-as mais do que outro qualquer. E também já ouvi "amo o meu filho, mas também seria feliz se não tivesse sido mãe" ou "há dias em que gosto de ser mãe, outros nem tanto". Num contexto mais "desesperado" - e com muito sentido de humor - um dos melhores desabafos que partilharam comigo foi: "Amo os meus filhos, mas, às vezes, apetece-me afogá-los na banheira" (mãe de adolescentes - dêem desconto, ok? ;)

Quem volta a ser mãe, pela segunda ou terceira vez (ou a vez que quiserem) levanta outras questões: Será que vou amar o segundo filho tanto quanto o primeiro? Será que vou ser capaz de gostar dos dois da mesma forma? De dar-lhes atenção igual ?

De todas estas reacções., comportamentos e inquietações, o que é que está "certo", afinal? Será que todas as mães têm de sentir um amor incondicional desde o primeiro momento? Será que ser mãe tem de ser o papel principal de uma mulher? Será que alguém que admita que seria feliz sem os filhos ama-os menos por isso?

Acredito, sinceramente, que tudo está certo. Cada mãe é uma mãe. cada bebé é um bebé, cada experiência é uma experiência. Pessoas diferentes, com histórias e vidas diferentes, podem sentir de maneira diferente. E está tudo bem. Acredito - não só hoje, mas em todos os dias - que o mundo precisa de mais empatia, mais aceitação pelos sentimentos, escolhas e opções dos outros. Mesmo - e sobretudo - quando são diferentes das nossas. Uma mulher não é mais mulher por ser mãe. Nem menos se não o for - seja por impedimento ou por opção. E o amor não se mede. Não há quilos, litros, quilómetros ou qualquer unidade de medida que possa quantificar o que sentimos. Sentimos e pronto. Ou não sentimos. E está tudo bem na mesma.

Feliz Dia de S. Valentim!

Com amor,


Marta

 

Esta fotografia foi tirada durante uma mini-sessão fotográfica realizada em Dezembro pela minha amiga e consultora digital, Ana Ferreira, da Owl Consultoria Digital. A maquilhagem e o cabelo foram feitos pela Lara Bartolomeu, com o apoio da Vanityme, empresa parceira da minha querida amiga e mulher de negócios Filipa Soares. Na altura, estava grávida de 19 semanas. Agora estou de 28 <3

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