Às vezes, estamos tão focados nos nossos problemas mundanos que nem notamos quão insignificantes são. Às vezes, estamos tão fechados nos nossos próprios dramas - à dimensão do nosso umbigo - que nem reparamos quão ridículos são.
Todos temos problemas, é certo. E (quase) todos temos a capacidade de ser solidários com os problemas dos outros. Preocupamo-nos, tentamos ajudar, até perdemos noites de sono, se nos forem próximos. Se forem distantes, indignamo-nos, manifestamo-nos, quem sabe até, fazemos um donativo, e voltamos para a nossa vida de todos os dias. É normal, é natural. Nós somos nós. Os outros são os outros - por mais que nos importemos com eles.
Mas quando nos cai em cima um verdadeiro balde de água fria, quando nos tiram o chão dos pés, quando algo de verdadeiramente incontrolável abana os nossos alicerces mais seguros, aí sim, colocamos tudo em perspectiva.
Já não importa se o dinheiro não chega para pagar as contas, se ainda não é desta que fazemos a tal viagem, se não conseguimos a tal oportunidade de trabalho ou se alguém nos partiu o coração.
De repente, o que de verdade importa é só mesmo o que de verdade importa: que nós e os nossos tenhamos saúde, que nós e os nossos possamos aproveitar mais dias de sol, mais almoços e jantares em família, mais queixumes e embirrações por tudo e por nada, mais disparates, mais gargalhadas, mais aniversários, mais Páscoas, mais Natais.
As pessoas realmente importantes passam a ser aquelas que sempre foram realmente importantes. Nem mais nem menos.
Feliz Dia da Família. E que assim sejam todos: em família, felizes <3
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