Amo a minha filha. Sobre isso não existe a mais pequena dúvida. Agradeço todos os dias e a cada momento a dádiva de tê-la aqui comigo. E quando nasce uma mãe, este pode até passar a ser o nosso papel principal, mas como ficam os outros?
Uma mãe não é só mãe. Antes disso, já era uma mulher com uma série de outros papéis. Por isso, há que dizê-lo com sinceridade e frontalidade: por mais que adore cada minuto com a minha filha, também sinto falta da liberdade de poder pegar no carro, num dia como este, e ir até à praia. Sinto falta das caminhadas, de não ter horários para nada, de estar com os amigos, de ir à esplanada, de dançar kizomba, de me divertir. Sinto falta dos brunches com as amigas, das churrascadas no terraço, dos sunsets nos rooftops mais fashion e de comer petiscos nas tascas. Sinto falta de jantar fora, de beber um copo de vinho, de dormir uma noite inteira, de ir ao ginásio, dos treinos com a minha PT, dos passeios longos com a Sunny. Sinto falta de viajar, de passar fins-de-semana fora, de conhecer o país e o mundo.
Quando nasce uma mãe, parece que existe a obrigação, perante a sociedade, de dizer que é tudo maravilhoso e perfeito, que nos sentimos completas e que não falta nada. Não é verdade. É maravilhoso, sim. Compensa todo e qualquer sacrifício. Mas quando nasce uma mãe, que mulher passamos a ser?
Esta sessão fotográfica foi realizada em Março de 2021 pela minha amiga e consultora digital Ana Ferreira da Owl Consultoria Digital O cabelo e a maquilhagem são da autoria da @makebeauty.by.lara powered by Vanytime. Estava grávida de 32 semanas.
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