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  • Foto do escritorMarta Rangel

#staythefuckhome ou o que fazer sozinha em casa em tempo de quarentena

Decidi fechar-me em casa com a Sunny, a minha cadela, num isolamento voluntário. Mas não me preparei para esta decisão.



Boa parte do meu equilíbrio e da minha sanidade mental vem do facto de eu ser uma pessoa muito activa e sociável. Estar com a família, trabalhar com várias pessoas diferentes, ter vários grupos de amigos, ir ao ginásio, à praia, dançar kizomba, passear a Sunny, conversar com os vizinhos... Faço mil e uma coisas ao longo de um dia. Sou de conversas, abraçinhos, beijinhos, brincadeiras. Falo com toda a gente com facilidade.

Claro que, por vezes, também me fecho em casa, por umas horas, por um dia, para descansar, reflectir ou, simplesmente, usufruir da minha própria companhia. Por opção. Nunca por obrigação. Muito menos durante vários dias. Completamente sozinha. E a verdade é que esta decisão, no actual contexto, mexeu comigo.

Acredito que a vida dá-nos sinais. E talvez agora esta pandemia seja o Universo a dizer-nos para abrandar, para parar, para valorizar o que realmente importa. E como a nossa sanidade mental é muito importante, resolvi fazer uma lista de coisas que nos podem ajudar a todos a passar o tempo e a ocupar a cabeça, com coisas boas:


1. Diário de gratidão

Aproveitem esta fase para fazer uma lista de todas as coisas pelas quais estão realmente gratos: estar vivo, ter saúde, ter família, amigos, uma casa onde dormir, comida no frigorífico... o que entenderem. Vão ver que a vossa lista é bem maior do que pensaram inicialmente!

Outra hipótese é fazerem um "frasco de coisas boas": arranjam um frasco qualquer, um bloco e uma caneta. E, de cada vez que vos acontecer uma coisa boa, por mais insignificante que seja, escrevem num papel, dobram e põem no frasco. Por exemplo, dormir até tarde, um telefonema de um amigo, comer uma coisa de que gostam muito, ouvir a vossa música preferida, etc, etc. No final do ano - ou quando estiverem num dia menos bom - abram o frasco e leiam os papéis. Vão sorrir, de certeza :)


2. Telefonar à família e aos amigos

Por norma, ligo aos meus pais numa chamada normal. Hoje decidi ligar em chamada de vídeo. Pode parecer um pormenor, mas vê-los, tranquilizou-me um pouco. No final do dia, um grupo de amigos próximos também telefonou e estivemos todos a conversar durante mais de meia hora numa conversa de grupo. Aquece o coração <3


3. Limpar, arrumar e destralhar

Nem sempre apetece, mas já que temos a ameaça do vírus, o melhor é limpar e desinfectar tudo. Aproveitem que estão em casa e arrumem aquele armário ou gaveta que está com coisas amontoadas há séculos. E, já agora, separem a roupa ou utensílios que já não usam para - depois do surto acalmar - doarem a quem precisa.


4. Meditar

Durante vários anos disse que não tinha paciência para meditar porque sou uma pessoa muito enérgica. Mas foi, justamente, para aprender a abrandar que comecei a meditar. E agora tornou-se uma parte essencial do meu equilíbrio. Prefiro meditação guiada e costumo utilizar uma aplicação chamada Calm (tem versão gratuita, paga e premium), mas existem várias outras que podem pesquisar, além de muitos vídeos no YouTube. Sugestão: procurem os vídeos com "frequência 528 Hz". Há quem acredite que é uma "frequência de cura".


5. Mantermo-nos activos

Não passem o dia de pijama, entre a cama e o sofá. Estão em casa, mas podem ser activos. Não vão ao ginásio, mas podem fazer exercício físico em casa. Se precisam de inspiração, procurem vídeos no Youtube, sigam influencers credíveis na área do desporto ou pesquisem da melhor forma para fazerem exercícios adequados sem correr riscos.


6. Brincar com os animais de estimação

Na correria do dia-a-dia, às vezes, nem temos tempo para as pessoas, quanto mais para os animais. Aproveitem para ensiná-los a fazer algumas coisas ("senta", "deita", "dá a pata"), brinquem à apanhada, escondam a comida e deixem-nos encontrar ou, simplesmente, dêem-lhes mais atenção e mimem-nos mais. Eles merecem <3


7. Cozinhar ou fazer bolos

Não sou muito prendada na culinária (essa arte ficou para a minha irmã :), mas sempre gostei de fazer bolos. E, desde que descobri que sou intolerante ao glúten, faço mais bolos em casa - por uma questão de saúde e para poupar dinheiro - e também a habitual granola. Pesquisem receitas diferentes, mais saudáveis e bom apetite!


8. Ler

Com as séries e as redes sociais, confesso que leio menos do que gostaria. Acabo por deixar os livros para as férias e para as viagens. Nesta fase, é bom mantermo-nos informados, mas também acredito que o excesso de informação pode causar ansiedade. Por isso, aproveitem para desligar a ficha e ler um bom livro que vos transporte para um qualquer paraíso ou reino encantado :)


9. Fazer visitas guiadas virtuais

Descobri há relativamente pouco tempo o Google Arts & Culture. É gratuito e permite ver museus e exposições em todo o mundo - alguns a três dimensões, como se estivéssemos mesmo lá. É como viajar sem sair de casa. Experimentem!


10. Fazer uma coisa que andam a adiar há muito tempo

Seja escrever um livro, criar um blog, entrar numa rede social nova ou - como eu decidi fazer - dar o primeiro passo para criar o meu curso de comunicação online. Parem de adiar e aventurem-se naquilo que sempre desejaram! O tempo é agora.


E, já sabem, fiquem bem e em segurança. Por vocês, por nós, pelos nossos #staythefuckhome

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