top of page
Buscar
  • Foto do escritorMarta Rangel

#todaagentetemumahistoria


É de uma elegância serena. Ou de uma serenidade elegante. Vê-nos ainda antes de termos olhado para ela. Escuta-nos mesmo antes de termos falado. Às vezes, meiga, às vezes, firme, indica-nos o caminho sem apontar. Leva-nos a conhecer aquilo que nem sabíamos ter, leva-nos a descobrir aquilo que nem sabíamos precisar de saber. A Ana aprendeu a lidar com a própria dor e fez dela instrumento para ensinar. E enquanto ensina, aprende mais um pouco. Sabe quem é e o que quer. Veste o papel de mãe, de avó, de companheira, de amiga... mas sabe que, sobretudo, é. É uma mulher. É a Ana. Desconstrói pensamentos, ideias, conceitos, crenças - as dela e as nossas. Tem o coração no lugar certo. E sabe separar o trigo do joio. Que é como quem diz, a cabeça do coração. Pelo caminho, ajuda-nos a arrumar os nossos. A ser quem somos, como somos. A melhorar o que é melhor para nós. A ultrapassar o que nos pesa, o que não nos faz falta. É de uma elegância que flui. Uma presença sentida, sem se impor. É acessível, sem ser banal. Observa para lá do que vemos. Avalia sem julgamentos. Está sempre ao mesmo nível de todos nós. E em vários níveis ao mesmo tempo. A luz que emana ilumina-nos. O brilho nos olhos conforta-nos. O colo disponível - e, por vezes, propositadamente desconfortável - leva-nos a querer ser mais. Mais como somos. Porque ela é de todos e é só dela.

228 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Deseja adicionar um comentário?

bottom of page